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O primeiro dos três meses do verão ainda nem chegou ao fim, mas o número de mortes por afogamento na região já disparou, principalmente levando-se em conta que a estação tem sido de chuvas frequentes e com poucos dias atrativos ao banho: entre 22 de dezembro e quarta-feira (13/01), foram 11 casos (sendo que o corpo de uma pessoa ainda não foi localizado), uma média de uma morte a cada dois dias. No mesmo período de 2014/2015, quando o verão foi quente e seco, houve registro de apenas uma vítima – um idoso que morreu em um balneário de Restinga Seca. Já na região de São Gabriel não houve nenhuma ocorrência. O levantamento foi feito pela Agência RBS, que não havia incluindo três mortes registradas aqui no Município entre 31 de dezembro e 12 de janeiro.
O último caso de afogamento aconteceu na localidade de Suspiro, no interior de São Gabriel. Julho Cesar Madri de Goes, de 41 anos, foi encontrado caído em um córrego. O corpo dele foi retirado da água pelos próprios familiares. A Polícia Civil aguarda o resultado da necropsia para confirmar a causa da morte, mas, mesmo sem ser oficial ainda o caso é tratado como afogamento.
O morte de Goes chama a atenção para outro fator: bebida alcoólica e banho de rio, uma combinação que não tem dado certo. Ao lado da vítima, os policiais encontraram uma garrafa com aguardente. Os familiares confirmaram que Goes se embriagava diariamente. Acredita-se que ele tenha perdido o equilíbrio e caído.
Outra ocorrência registrada ainda em 2015, no último dia do ano, revela a presença do álcool como fator predominante para o acidente. Ênio Silva Rodrigues, de 45 anos, foi encontrado morto no Rio Jaguari. Ele estava sumido há dois dias. O desaparecimento chegou a ser comunicado na Delegacia de Polícia.
No final da tarde de 31 de dezembro, o corpo de Rodrigues foi encontrado boiando, preso em uma galho de árvore, a cerca de 500 metros da taipa da barragem do Jaguari. No local, um dia antes familiares haviam encontrado apenas os chinelos da vítima.
Rodrigues estava com as mãos amarradas. O laudo médico confirmou que a morte foi por afogamento e como não havia lesões, a Polícia Civil descartou qualquer tipo de violência. Só não se sabe se foi acidente ou suicídio.
Conforme um dos irmãos da vítima, a família planejava interná-lo por causa do vício com álcool. Ele acabou fugido quando ficou sabendo disso. Os familiares acreditam que ele tenha ficado desorientado e tenha caído no rio durante a noite.
No dia 1º, Márcio Rodrigues Silveira, de 35 anos, banhava-se no Rio Vacacai, próximo a ponto do Passo do Pinto, quando acabou sendo levado pela correnteza. Ele ainda tentou nadar contra a corrente, mas a força da água acabou levando ele para o fundo. O corpo só foi encontrado na manhã do dia seguinte pelo Corpo de Bombeiros.
Na região, um caso trágico: duas crianças e o tio de uma delas morreram em Cacequi no sábado passado. Segundo familiares, Lorenzo Eula Tavares, oito anos, e Ana Mel de Nunes Martins, nove, brincavam às margens do Rio Cacequi, quando, por volta das 18h, a areia teria cedido, e as crianças caíram em um buraco. O tio de Lorenzo, André Martins Eula, de 24 anos, que estava junto, também teria morrido no rio ao tentar salvá-las. O corpo da menina foi encontrado no final da tarde de sábado. O corpo de Lorenzo foi localizado na noite de domingo, e o de André, na manhã de segunda-feira.
O caso mais recente aconteceu em Lavras do Sul. Um homem de 52 anos morreu afogado no fim da tarde de terça-feira na Praia do Paredão. A vítima foi identificada como Argélico da Silva Britto. Conforme relato de salva-vidas à Brigada Militar (BM), Britto teria mergulhado no Rio Camaquã por volta das 17h15min quando desapareceu. As buscas ao homem começaram em seguida. O corpo foi encontrado por familiares por volta das 22h.
São 11 casos de afogamentos em toda a região. Ainda, há o caso do eletricista que segue desaparecido após cair em um rio no interior de Agudo, em dezembro de 2015.
fonte a noticia