O servidor, que trabalhava no município, foi capturado ontem pela Brigada Militar após o roubo ocorrido no final da tarde

Roberto Borges foi flagrado junto com outros dois, com arma usada no crime e dinheiro roubado


A população de Santa Cruz do Sul foi surpreendida após a prisão de três assaltantes no fim da tarde dessa quarta-feira, 2. A Brigada Militar prendeu três homens depois de um assalto a um mercado no Bairro Universitário, entre eles estava um bombeiro, identificado como Roberto Borges.  Os outros dois são William Silva e Everton Santos. Com eles, foram encontrados o revólver utilizado no assalto, além do dinheiro levado do estabelecimento e um uniforme de bombeiro.
Entre os bombeiros de Santa Cruz, o clima é de surpresa e consternação com a prisão do colega Roberto Borges. Ao saber do ocorrido, o comandante do 6º Comando de Bombeiros, tenente-coronel Cesar Eduardo Bonfanti, lamentou a situação. “Primeiro, a gente fica triste em saber que um bombeiro esteve envolvido em algo assim. A gente sabe que essas coisas podem acontecer. Que existem outros policiais em situações parecidas. A gente sempre acha que nunca vai acontecer próximo”, disse. 
Conforme o comandante, Borges é de Santa Cruz do Sul e atua na corporação há mais de 20 anos. Nesse período, passou por diversas funções, como o serviço operacional e também administrativo. Atualmente, segundo Bonfanti, ele estava trabalhando somente na parte administrativa. Sem detalhar a situação, ele relatou que o bombeiro passava por dificuldades e vinha sendo acompanhado pela corporação, motivo pelo qual era mantido somente nessa função. “Já havia algumas questões que estávamos acompanhando. Mas a gente não esperava que fosse se envolver com isso.”  

Sobre as medidas que devem ser adotadas em relação ao caso, o tenente-coronel afirmou que se sente tranquilo por “pertencer a uma corporação que pune exemplarmente esses casos”. Ainda de acordo com ele, será aberto um inquérito para apurar a permanência ou não do servidor no Corpo de Bombeiros. “Sendo confirmada a participação dele no crime, não deve permanecer mais na corporação.” Bonfanti relatou que, em seus mais de 20 anos de bombeiro, é o primeiro caso desse tipo que ele acompanha. “A gente sabe que a grande maioria trabalha pela comunidade.”



fonte gazeta online