Ex-comandante dos Bombeiros Militar de Gravataí é condenado à exclusão e perda da aposentadoria.
Por quatro votos a um, o Tribunal de Justiça Militar (TJM) decidiu pela condenação do major da reserva do Corpo de Bombeiros do RS, Iremar Nogueira Charopen. Ele respondia por crimes de corrupção entre 2012 e 2014, quando era comandante no município. Pesaram contra o major sete fatos relacionados à práticas delituosas. A maioria delas em Gravataí.
Dois dos eventos apontados no processo teriam ocorrido com duas grandes indústrias da cidade. O esquema, segundo a denúncia, ocorria pela propina recebida pelo oficial. Em troca estavam supostas isenções de obrigações e liberações de Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI). A acusação ainda afirma que Charopen recebeu cerca de R$ 500 mil durante os dois anos que
comandou Gravataí e demais corporações da Região Metropolitana.
Em novembro de 2019 o oficial já havia sido condenado pela Justiça Militar do RS e chegou a ser preso preventivamente pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e corrupção passiva. Um mês depois foi novamente sentenciado, mas desta vez pelo Conselho Especial de Justiça da 2º Auditoria Militar (Porto Alegre). Um soldado que também atuava em Gravataí foi julgado no processo.
Além do esquema de corrupção, ele e o soldado são acusados de ministrarem cursos de prevenção de incêndio de forma remunerada. Um deles teria ocorrido em um condomínio no Parque dos Anjos. No entanto, eram realizados de forma particular, em horário de expediente. O processo de Charopen chegou ao fim nesta quarta-feira (18). Os desembargadores decidiram pela perda do posto e da
patente, com a consequente retirada de proventos.
O salário do oficial era de cerca de R$ 25 mil. A defesa de Charopen ainda pode recorrer da decisão. A reportagem busca contato com o advogado do major.
fonte: giro de gravataí