Funcionários do HGV fizeram um protesto na porta do hospital.

Pacientes e funcionários dizem que só emergência está aberta.





A partir de sexta-feira (18), a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros terão que fornecer servidores, insumos e equipamentos para a saúde pública do estado. O decreto foi publicado nesta quinta-feira (17), no Diário Oficial. A medida entra em vigor na sexta-feira (18) e vale até 7 de janeiro para que seja mantido o atendimento nas unidades de saúde.
Funcionários dos hospitais estão sem pagamento e nesta quinta teve protesto no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, no Subúrbio do Rio.
O protesto começou às 7h desta quinta e reuniu os funcionários da Pró-Saúde, a organização que administra o Hospital Getúlio Vargas. São trabalhadores da enfermagem, da limpeza e do setor administrativo que dizem que estão há um mês sem receber o salário. Eles ainda reclamam da falta de materiais.
“O atendimento ambulatorial não está funcionando, dois CTIs estão fechados e tem gente que não está vindo porque não tem dinheiro de passagem”, disse a enfermeira Rita Ventura.
A limpeza na unidade também está prejudicada. Na quarta-feira (16), os funcionários fizeram um vídeo que mostra a quantidade de ratos que circulam perto das lixeiras.
“Não temos equipamento certo para trabalhar, material para trabalhar”, reclama o coletor Cláudio Cabral.
Garis da Comlurb precisaram assumir o trabalho. E nesta quinta-feira, segundo o funcionário, só a emergência está funcionando. O estudante Felipe Leal, que tinha uma consulta marcada para tirar o gesso do braço quebrado. Depois de duas horas de espera soube que não seria atendido.
O hospital é referência em ortopedia. Mas sem o pagamento, os médicos pediram demissão.
“Marquei consulta um mês atrás para hoje (quinta). Agora não sei mais”, disse o técnico de planejamento Luís Eduardo de Almeida, sem saber que unidade procurar.
Outra especialidade do hospital é a pediatria. Só que a Ingrid, de 2 anos, também não foi atendida. Ela faz tratamento contra a asma.
A situação do Hospital Getúlio Vargas é muito parecida com a de outros hospitais estaduais, como o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste, e o Hospital da Mãe, em Mesquita, na Baixada Fluminense.
fonte G1