O corpo do bombeiro civil Ronaldo Pereira da Cruz, 39, que morreu ontem no incêndio no prédio da estação da Luz, foi enterrado na tarde desta terça-feira, no cemitério da Vila Nova Cachoeirinha, zona norte de São Paulo.
O caixão foi sepultada às 17h20 –exatamente 25 horas e 30 minutos depois do início do incêndio que destruiu o museu da língua portuguesa, que ficava na estação.
Ronaldo foi a única vítima do incêndio.
Enterro no cemitério da Vila Nova Cachoeirinha do bombeiro civil Ronaldo da Cruz, que morreu no incêndio do Museu da Língua Portuguesa, na Estação da Luz, no centro de São Paulo

O enterro foi acompanhado por cerca de 50 bombeiros. Ao final, eles cantaram o hino dos bombeiros, com as mãos no peito –alguns choravam.
A mulher de Ronaldo, Rita de Cássia Cruz, 49, bastante emocionada, ficou ao lado do caixão o tempo todo, desde o velório.
Rita contou nesta manhã  que o marido era um apaixonado pela profissão e capaz de dar a vida pelas pessoas. Ele trabalhava havia seis anos como bombeiro, três deles como brigadista terceirizado no museu. Nesta segunda, Cruz ajudou os funcionários a deixarem o prédio. "Ele fazia o que gostava. Pode ter certeza, era com amor. Onde estiver agora está se sentindo com o dever cumprido", disse Rita.
Casado havia seis anos, o casal costumava trocar mensagens apaixonadas por um aplicativo de mensagens instantâneas várias vezes ao dia.